Vamos Falar Sobre Gestão?

  Nos últimos anos, o debate sobre lideranças tóxicas ganhou força e com razão.  Chefes autoritários, gestores despreparados e ambientes sem segurança psicológica existem (e são um problema sério).  Mas há uma parte dessa história que raramente é contada: nem sempre o problema está no líder. Às vezes, o desafio está no outro lado da relação,  no liderado .  Naquele profissional que espera demais dos outros, evita assumir responsabilidades ou se acomoda no papel de vítima. 👉 Existem liderados que: reclamam da falta de comunicação, mas não se esforçam para dialogar com clareza; cobram feedbacks, mas reagem mal quando os recebem; esperam reconhecimento, mas entregam o mínimo; criticam decisões, mas não propõem soluções; pedem autonomia, mas se esquivam quando algo dá errado. De acordo com pesquisas em comportamento organizacional (Harvard Business Review, Gallup, MIT Sloan), relações saudáveis de liderança dependem tanto da inteligência emoci...

  Em mais de 15 anos de experiência em gestão, aprendi que um dos maiores desafios para qualquer líder não está no mercado, nos concorrentes ou nos números, mas dentro de si mesmo: o ego . Ryan Holiday, em seu livro O Ego é Seu Inimigo , mostra como orgulho, vaidade e autoimportância podem sabotar carreiras, decisões e relacionamentos. Para líderes, entender e controlar o ego é essencial para evoluir, inspirar e gerar resultados duradouros. 1. O ego nos cega para o aprendizado No início da carreira, é fácil acreditar que precisamos impressionar, provar nosso valor e alcançar resultados rapidamente. O ego nos empurra para querer reconhecimento imediato, e isso pode nos levar a ignorar o aprendizado constante, a escuta ativa e o desenvolvimento de habilidades. Aprendizado para líderes: mantenha humildade ativa. Priorize absorver conhecimento e compreender seu time antes de buscar aprovação. Um líder que aprende com os outros cresce mais rápido e de forma consistente. 2. O ego t...

  Vivemos uma era de paradoxos. Nunca tivemos tantos recursos para tratar o sofrimento psicológico e, ao mesmo tempo, nunca estivemos tão dependentes de soluções imediatas para lidar com o estresse e a ansiedade do cotidiano. O uso de ansiolíticos e antidepressivos cresce de forma acelerada em todo o mundo. E segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) , os transtornos mentais já afetam mais de 1 bilhão de pessoas , e o consumo de medicamentos aumentou mais de 30% na última década em diversos países. Esses números nos convidam a refletir: estamos realmente cuidando da saúde mental ou apenas tentando silenciar os sintomas? Enfrentar ou anestesiar? Nossos antepassados não tinham acesso aos recursos que temos hoje, mas desenvolviam outras formas de enfrentamento: diálogo, espiritualidade, convivência e resiliência. Não se trata de negar a importância da medicina que salva e transforma vidas, mas de reconhecer que o equilíbrio emocional não depende apenas de fármacos , e ...