Vamos Falar Sobre Mudanças No Ambiente De Trabalho?
Em um mundo globalizado, com o desenvolvimento de
tecnologias cada vez mais rápidas, as organizações tendem atuar em ambientes
altamente competitivos e dinâmicos. Estes ambientes, exigem destas mesmas
empresas a capacidade de mudança constante, para desafiar a concorrência
acirrada.
As mudanças podem levar a pressões e conflitos que
eventualmente ocasionariam em uma ruptura em algum ponto da empresa. A adaptação
às mudanças é necessária, pois, os efeitos delas podem ser profundos nos seus
receptores. É preciso implementá-las de forma eficiente e eficaz, para que as
mesmas não se tornem ultrapassadas e obsoletas.
O conceito de mudança organizacional, de acordo com
Chiavenato, é definido como “a passagem de um estado para outro. É a transição
de uma situação para outra situação diferente. Mudança representa
transformação, perturbação, interrupção, fratura, ruptura, reduzindo o risco de
uma alteração ou novo sistema ser rejeitado pela empresa."
E quais são os tipos de mudanças no ambiente de trabalho?
No ambiente de trabalho qualquer alteração que
afete a maneira como os funcionários devam agir, pode ser descrita como
mudança. E estas mudanças podem ser vistas de várias formas, tanto positivas
quanto negativas. O importante é que a adaptação aconteça, pois na atualidade,
a mudança pode ser considerada como um fator crítico de sucesso para qualquer
organização.
As mudanças podem ser planejadas através de uma decisão
consciente, para o melhoramento de processos, com base em estimativas e
informações. E podem também não serem planejadas, como por exemplo, quando
surge uma nova tecnologia, mudanças externas, as quais, a empresa precisa se
adaptar rapidamente.
Para Chiavenato as mudanças organizacionais são
divididas em quatro tipos:
- Físicas -
incluindo instalações e equipamentos, métodos e processos de trabalho,
produtos ou serviços;
- Lógicas -
incluindo missão, objetivos e estratégias organizacionais, além de novas
soluções;
- Estruturais -
relacionadas às estruturas de cargos, níveis hierárquicos e redes de
comunicação empresarial; e
- Comportamentais
- referentes às atitudes das pessoas, aos conhecimentos e habilidades dos
colaboradores, às relações interpessoais e sociais, e aos paradigmas
organizacionais.
A mudança organizacional pode influenciar na
maneira como os indivíduos agem e pensam. E com a revolução digital e as novas
tecnologias, as relações entre os líderes e seus liderados vem se modificando.
Atualmente, os líderes vêm atuando mais no desenvolvimento de pessoas, enquanto
seus liderados, vão adquirindo um papel mais de protagonista.
As adaptações as mudanças são cada vez mais
necessárias, elas atuam nos padrões de trabalho, nos valores dos indivíduos e
no comportamento humano. E podem ocorrer nas organizações quanto as relações de
espaço físico, lógico e estrutural e dos líderes e colaboradores quanto as
relações comportamentais, interpessoais e sociais.
As mudanças no ambiente de trabalho no pós-pandemia
Segundo uma pesquisa elaborada pela Fundação
Instituto de Administração - FIA, "46% das empresas nacionais adotaram o
modelo de trabalho remoto durante a pandemia em 2020." A pandemia do
Covid-19 surpreendeu a maioria das pessoas, antecipando o futuro e isso gerou
muitas mudanças no mercado de trabalho.
Esta crise antecipou a chegada de novas tendências,
como o trabalho home office, a redução da jornada de trabalho, as barreiras do
horário comercial e rotinas preestabelecidas e com isso, surgem novos
comportamentos e habilidades que serão mais requisitados neste novo mundo.
Com a pandemia, algumas mudanças chegaram mais
rápidas e foi preciso adaptação do mercado de trabalho, das empresas, dos
líderes e dos colaboradores, já que, todos sofreram de alguma forma. Houve
falência de empresas, demissões, mortes pela doença, diminuindo o número de
colaboradores em muitas dessas organizações.
E de acordo com uma matéria da Forbes, a qual fala sobre
"um estudo da McKinsey, este mostra que milhões de pessoas deverão migrar
de profissões até 2030. São mais de 100 milhões de pessoas no mundo que terão
seus empregos drasticamente afetados e necessariamente vão abraçar outras
carreiras. Isso significa um em cada 16 trabalhadores das principais economias
do mundo." Isso mostra que o mundo vem passando por mudanças muito rápidas
no mercado de trabalho.
No pós-pandemia será necessária ainda mais
adaptação às mudanças, pois, o mercado de trabalho que já vinha se modificando
teve um crescimento exponencial de tendências. Isso mostra que a capacidade de
adaptação e flexibilidade é importante para se adequarem a essa tamanha
avalanche de informações e mudanças.
Resistência às mudanças no ambiente de trabalho
A resistência à mudança consiste em quaisquer
comportamentos dos funcionários destinados a desacreditar, atrasar ou impedir a
implementação de mudanças associadas ao trabalho. Essa resistência tem seu
lado positivo e negativo, pois ela traz discussões que devem ser
avaliadas.
Os funcionários resistem às mudanças porque elas
ameaçam suas necessidades de segurança, interação social, status, competência
ou autoestima. Ela ocorre também por hábito, por fatores econômicos, por
medo do desconhecido e muitos indivíduos tendem a ignorar informações que
possam questionar suas formas de pensar.
Já na empresa, pode ocorrer pela inércia
estrutural, foco limitado às mudanças, inércia do grupo, ameaça à
especialização, ameaça às relações de poder estabelecidas e ameaça às alocações
de recursos estabelecidas.
Existem outras causas para a resistência ou
passividade, como as culturas organizacionais que supervalorizam a crítica de
novas ideias. Existe alguns gerentes indecisos, que sofrem com a inércia
da resolução de problemas. E alguns colaboradores que expressam seu apoio,
porém, nos bastidores, resistem as mudanças e as ignoram no dia a dia.
Chiavenato classifica as resistências à mudança em
três tipos:
- Resistências por aspectos
lógicos - englobando objeções pessoais racionais, ligadas a interesses
pessoais conscientes, tempo necessário para ajustar-se à mudança e esforço
extra que será necessário, custos envolvidos e viabilidade do processo;
- Resistências por aspectos
psicológicos - relacionados a atitudes pessoais, como medo do
desconhecido, dificuldade para compreender a mudança, baixa tolerância a
incertezas, falta de confiança nos demais membros da equipe, além da
necessidade de segurança que determinadas pessoas possuem; e
- Resistências por
aspectos sociológicos - ligados a interesses de grupos e a fatores
sociais, como coalizões políticas, valores sociais opostos, desejos de
reter colegas atuais, entre outros.
De acordo com vários autores, estes concordam que
um dos maiores obstáculos na implementação bem-sucedida das mudanças nas
organizações é o processo de resistência à mudança. Essa resistência pode
começar com um indivíduo ou com um grupo, os quais, se opõem às mudanças. É
importante que as empresas tenham as informações necessárias para traçar
estratégias mais assertivas e rápidas.
Adaptação às mudanças no ambiente de trabalho
Para adaptar-se às mudanças, primeiro deve-se
aceitá-la e saber que há diferentes tipos de mudanças organizacionais. Assim,
será mais fácil criar estratégias para adaptá-las a rotina diária da empresa e
criar uma nova perspectiva.
É fundamental que a empresa mantenha uma
comunicação aberta com os funcionários e esteja disposta a ouvir seus
questionamentos quanto as novas mudanças. É necessário também efetuar
treinamentos, fornecer informações sobre as novas mudanças e dar um tempo para
a adaptação de todos.
Em uma matéria publicada no Siteware fala que “De
acordo com a a 17ª Pesquisa Anual Global com CEOs, realizada pela
consultoria PwC e citada no relatório nacional Gestão da Mudança, 81% dos
líderes afirmam que suas empresas têm realizado mudanças para se adaptar às
necessidades do negócio. Uma mudança organizacional acontece sempre que há
alguma alteração nas relações da empresa, seja em processos, recursos, no
relacionamento interno, em produtos, etc. A proposta é sempre garantir
alguma melhoria, que possibilite o negócio a crescer, independentemente da ação
a ser tomada.”
E neste mundo globalizado é preciso se adaptar e
lidar com as mudanças para fortalecer os laços profissionais. E nesta nova
era das transformações digitais, é preciso ter paciência, ser flexível e saber
que, com as mudanças também vem as oportunidades.
Assista também ao vídeo sobre este assunto no nosso canal do YouTube: VAMOS FALAR SOBRE GESTÃO?:
Siga-nos nas redes sociais:
Twitter: https://twitter.com/keuprisca
Instagram: https://www.instagram.com/vamosfalarsobregestao/
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/cleide-vieira-administradora/
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC2G_NdcjT7KAgBhzwW2f_-A
Cleide Vieira - Administradora com Habilitação em Comércio Exterior, Gestora de Projetos/Gestora de Processos/ Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching. Criou o blog para apresentar temas sobre gestão, negócios, pessoas, recursos e histórias.
Comentários
Postar um comentário