Vamos Falar Sobre Gestão do Conhecimento?
Estamos vivendo na “Era da Nova Economia”, também conhecida
como, “Era do Conhecimento” e caracterizada pela velocidade da informação. E nessa
era, o conhecimento passou a ser considerado um bem intangível,
um recurso único que pode diferenciar uma organização da outra.
O conhecimento é considerado como um diferencial
competitivo, um recurso-chave e estratégico, já
que, quando adquirido, preservado e compartilhado entre seus colaboradores, representa
uma melhoria significativa da eficiência destes na busca para alcançarem seus objetivos.
A palavra “conhecimento”
vem do Latim da Roma antiga, COGNOSCERE, cuja etimologia significa
“conhecer” ou “saber”. Este termo latino é composto por COM,
“junto” e GNOSCERE, “obter conhecimento”. Já no dicionário
Houaiss (2011), a palavra “conhecimento” tem o significado de - Cognição,
percepção - Fato, estado ou condição de compreender – entendimento - Domínio;
competência, experiência - Coisa ou pessoa conhecida - Erudição, sabedoria,
cultura.
Existe uma diferença entre as
palavras dados, informações e conhecimento. A palavra dados pode
ser definida como uma série de fatos, conceitos ou estatísticas que podem ser
analisados para produzir informações. Enquanto que a palavra informações,
trata-se dos dados agregados coerentemente de maneira a produzir propósito e
significado para a tomada de decisão da organização. Já a palavra conhecimento abrange aspectos mais amplos e profundos
do que a informação, pois é a partir da ação humana, que a informação pode se
transformar em conhecimento.
Tipos de conhecimento presentes nas organizações: Explícito e Tácito
De acordo com Probst, Raub e Romhardt (2002), o conhecimento compreende um contexto composto pela cognição e habilidades que os colaboradores da empresa utilizam para solucionar as adversidades. Desse modo, toda organização necessita da alta qualificação dos seus especialistas e das competências organizacionais coletivas para resolver seus problemas, sendo que o conhecimento coletivo representa mais do que a simples soma dos conhecimentos individuais.
O conhecimento explícito pode ser facilmente codificado, ensinado e articulado
sob a forma textual, em expressões matemáticas, manuais, leis e outros, podendo
também ser considerado como sinônimo de informação. Este tipo de conhecimento é
transmitido formalmente entre as pessoas com mais facilidade, justamente porque
pode ser processado eletronicamente e armazenado em livros e computadores.
O Conhecimento tácito é pessoal,
intuitivo e incorporado à experiência de vida de cada pessoa, envolvendo
fatores como crenças pessoais, sua história de vida, seus valores, suas conclusões,
ideais, emoções, imagens, símbolos e outros itens muito subjetivos. Tornando
assim, mais difícil administrar a sua transmissão para outras pessoas.
A organização não cria conhecimento por si mesma, mas através das
pessoas e da interação entre elas. O conhecimento tácito das pessoas é a base
da criação do conhecimento organizacional, visto que, as experiências, o
know-how técnico, de cada um tornam-se um patrimônio valioso.
E para que o conhecimento explícito se torne tácito, é necessário que
ele seja verbalizado ou diagramado em documentos, manuais ou relatos orais. Esta
documentação proporciona que uns colaboradores transfiram seu conhecimento explícito
para outros colaboradores, enriquecendo o conhecimento tácito destes.
Conforme nos fala Fleury
(2002, p.139), o conhecimento explícito, ou codificado, refere-se ao
conhecimento transmissível em linguagem formal, sistemática, enquanto o
conhecimento tácito possui uma qualidade pessoal, tornando-se mais difícil de
ser formalizado e comunicado.
O que é Gestão do
Conhecimento?
O termo “Gestão do Conhecimento” tem origem do inglês “Knowledge
Management” (KM), o qual, refere-se a uma área de atuação transversal entre as
diversas disciplinas relacionadas, especialmente, à gestão estratégica, teoria
das organizações, sistema de informação, gestão da tecnologia, e às áreas mais
tradicionais como a economia, sociologia, psicologia, marketing, entre outras.
A gestão do conhecimento é caracterizada como um
recurso estratégico inserido nas empresas e no dia a dia de seus colaboradores.
E consiste em definir, estruturar, reter e compartilhar o conhecimento e a
experiência destes colaboradores dentro da organização.
Segundo Probst, Raub e Romhardt (2002), o seu
conceito de gestão do conhecimento possui compatibilidade com outros planos já
existentes na organização, tendo em vista que os elementos construtivos do
modelo podem ser aplicados como diretriz para ações nas mais diversas áreas
organizacionais.
É fundamental a gestão do conhecimento, em virtude da
existência do conhecimento nas empresas, na mente dos seus colaboradores, nos
departamentos e nos processos executados. As empresas
que adotam a gestão do conhecimento precisam ter uma visualização clara dos
conhecimentos necessários, para desenvolver uma estratégia, visando a obtenção
de vantagens competitivas.
O objetivo da gestão do conhecimento é assegurar que o conhecimento de
uma organização seja aplicado de forma produtiva, em conformidade com sua
missão. Assim, as empresas precisam direcionar esforços para desenvolver uma
cultura organizacional propícia às práticas de gestão do conhecimento, visto
que, a cultura da organização pode promover ou inibir a gestão do conhecimento
dentro da organização.
Um desafio para os líderes na atualidade é concordar com ideias e aceitar competências que não tenham sido desenvolvidas no próprio setor ou departamento. Entretanto, a iniciativa dos colaboradores na busca pelo próprio conhecimento é de vital importância. Aprender novas técnicas, compartilhar o que sabe, e principalmente a boa interação entre os colegas ajuda a garantir que habilidades e ativos de conhecimento sejam utilizados dentro da organização.
Criação
de Conhecimento nas Organizações
Segundo Nonaka
e Takeuchi (1997, p. XII), criação de conhecimento organizacional é a
“capacidade que uma organização tem de criar conhecimento, disseminá-lo na
organização e incorporá-lo a produtos, serviços e sistemas”. É a recriação da
organização e dos seus integrantes em um processo de auto-renovação.
O papel da organização no processo de criação do conhecimento organizacional é promover o contexto apropriado para facilitar a interação do grupo, assim como a criação e a compilação de conhecimento em nível individual. Objetivando assim, a integração entre as pessoas dos grupos, as ferramentas, as práticas e os processos, pois, se não houver preparação para conectar estes recursos, o desempenho tende a ser ineficiente.
Uma organização vai muito além do processamento de dados, informações e conhecimentos. Ela tem a capacidade de criar conhecimentos quando necessário, pois o conhecimento é criado por indivíduos. Não obstante, estes precisam ser apoiados e estimulados a sentirem que fazem parte da rede de conhecimentos da própria organização.
Para garantir uma boa gestão do conhecimento, é
essencial que o potencial de cada indivíduo seja identificado e utilizado em
benefício da organização. Entretanto, se não houver uma forma de compartilhamento, retenção e possibilidade de resgate
deste conhecimento,
este pode se perder, até mesmo porque, não somos eternos.
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