Vamos Falar Sobre Governança Corporativa?

 


Este tema está em voga atualmente, devido a repercussão do caso da empresa Americanas S.A.. Depois deste caso, muitas organizações passaram a preocuparem-se ainda mais com as boas práticas da governança corporativa, já que, quem as empregam dispõe de mais credibilidade perante investidores.

Para aquelas empresas que buscam atrair investidores, clientes e bons talentos, a governança corporativa é uma ótima aliada, pois, ela traz como referência a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa. Ela é considerada uma ferramenta da gestão estratégica, onde a clareza de seus atos é fundamental, tanto para o público interno, quanto para o externo.

Com a governança corporativa, as empresas que desejam atuar com mais transparência permitem aos seus acionistas um maior grau de confiabilidade. Eles conseguem ter em suas mãos, relatórios e prestações de contas, os quais, diminui a possibilidade de mau uso dos recursos e incentiva a boa gerência dos mesmos.
 
O que é governança corporativa?

De acordo com o conceito do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGCGovernança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.”

O objetivo da governança corporativa é manter a excelência na gestão empresarial, melhorando a qualidade financeira da empresa e tornando-a mais confiável aos seus acionistas. Seus princípios permitem um controle de forma organizada mantendo uma gestão mais ética, transparente e eficiente.

Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), a governança corporativa é formada pelos princípios:
  •          Transparência — consiste em expor às partes interessadas as informações que sejam do seu interesse, não somente por determinação legal.
  •          Equidade — caracteriza-se pelo tratamento pautado em princípios de justiça e isonomia por parte de todos os stakeholders, levando em consideração seus direitos, deveres, desejos e expectativas.
  •            Prestação de contas — os agentes da governança corporativa precisam efetivar a prestação de contas de forma clara, precisa, compreensível e apropriada, pois a governança pode responder pelas suas ações ou omissões frente aos interessados, além de atuar com precaução, diligência, cautela e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.
  •           Responsabilidade corporativa — os agentes responsáveis pela governança devem cuidar da efetividade, da viabilidade econômico-financeira da empresa, visando reduzir externalidades negativas dos negócios e operações e aumentar as impressões positivas, levando em consideração o modelo de negócios, aos diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional, etc.) a curto, médio e longo prazo. 
Conforme afirma Silva (2006), a governança cuida dos interesses dos acionistas em conexão com os relacionamentos com a direção executiva e os conselhos de administração, mas também pode influenciar outras partes interessadas, seja elas externas, tais como fornecedores, clientes, governo, sociedade, ou internas, como no caso de colaboradores e terceirizados.

Algumas empresas utilizam a governança corporativa como um processo de padronização de procedimentos e fluxos de informações, assim, conseguem ampliar a sua estrutura organizacional. Quanto mais complexas as operações, mais procedimentos precisam ser criados, facilitando com isso o controle pela diretoria da empresa.

Qual é a importância da governança corporativa para as empresas?

Com a governança corporativa, as empresas trabalham com maior senso de responsabilidade. As boas práticas norteiam as decisões dentro da empresa, auxiliando na transparência das ações, a prevenir erros ou possíveis fraudes, a valorizar a imagem da organização e aumentar a visibilidade desta perante ao mercado.

A governança corporativa é um compromisso da organização e, como tal, depende do esforço de todos os seus agentes.  Assim, a criação de diretorias, a instauração de conselhos administrativo, fiscal ou consultivo, comitês, auditorias, entregas de relatórios periódicos, ferramentas de gestão, é uma necessidade para garantir a confiança de todos os stakeholders, mostrando que a empresa tem uma gestão transparente, confiável e segura para investimento.

A governança corporativa também possibilita que os interesses dos colaboradores se alinhem aos interesses da organização, com isso, é perceptível uma melhora na qualidade do trabalho e no clima organizacional. É possível demonstrar também compromisso da empresa para com a sociedade, por meio de programas sociais. Tudo isso, cria uma maior confiança do mercado, de investidores e de todos os stakeholders.

A governança corporativa como uma ferramenta da gestão estratégica

A governança corporativa é considerada uma ferramenta da gestão estratégica. Neste sentido, as empresas podem comparar a governança corporativa à gestão estratégica e verificar os resultados positivos no que tange à administração de recursos e na conquista de investidores. 

Ela traz como linha mestra os princípios da transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa. Onde a transparência permite que os acionistas confiem nos relatórios apresentados pelos gestores ao mercado. A prestação de contas diminui a possibilidade de mau uso dos recursos e incentiva a boa administração destes. A equidade possibilita que os acionistas possuam direitos iguais. E a responsabilidade corporativa impede a má administração, visto que, responsabiliza os líderes que são desonestos e agem de má fé em seus atos administrativos.

Destarte, uma empresa que emprega a governança corporativa dispõe de mais credibilidade perante investidores, pois compromete-se a prestar contas e a ser transparente, o que torna o negócio atrativo aos investidores.
 
O compliance e a governança corporativa

governança corporativa e o compliance se complementam, visto que, os dois compartilham os mesmos objetivos, que é manter a ética, a integridade e a saúde da empresa estabilizados.

Enquanto a governança corporativa, busca evitar conflitos de interesse, o compliance controla o cumprimento das leis e os padrões que a empresa se sujeita. Dessa forma, a governança corporativa estabelece as regras do compliance, as quais devem guiar a atuação da empresa com seus clientes e pares.

No âmbito dos negócios, o compliance significa conformidade e, refere-se a prática de agir de acordo com as regras legais e as boas práticas éticas estabelecidas segundo a legislação vigente. Assim, deve cumprir as normas e leis nas quais a empresa é submetida, tanto nas questões internas quanto externas.

compliance traz muitos benefícios para uma organização e é um grande risco atuar sem ele, pois, a empresa pode sofrer sanções legais ou financeiras. As empresas que tem um programa de compliance eficiente, conquistam a confiança do investidor e têm mais credibilidade, uma vez que, uma empresa com uma reputação positiva, tem mais valor de mercado.



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Cleide Vieira - Administradora com Habilitação em Comércio Exterior, Gestora de Projetos/Gestora de Processos/ Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching. Criou o blog para apresentar temas sobre gestão, negócios, pessoas, recursos e histórias. 

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